As plaquetas são fundamentais para a coagulação do sangue e para a proteção contra sangramentos. Entenda o que são, qual sua função no organismo, os valores normais e o que significam alterações no exame.
O que são plaquetas?
As plaquetas, também chamadas de trombócitos, são pequenas células do sangue produzidas na medula óssea. Elas circulam pela corrente sanguínea e atuam diretamente no processo de coagulação, sendo essenciais para controlar sangramentos e formar crostas de proteção em ferimentos.
Ao contrário dos glóbulos vermelhos e brancos, as plaquetas não possuem núcleo e têm vida curta — cerca de 7 a 10 dias no organismo. Depois disso, são removidas pelo baço e pelo fígado.
Funções das plaquetas no organismo
As principais funções das plaquetas incluem:
1. Coagulação sanguínea
Quando ocorre uma lesão em um vaso sanguíneo, elas são ativadas e se agrupam no local da lesão, formando um coágulo que interrompe o sangramento.
2. Cicatrização de ferimentos
As plaquetas também liberam substâncias químicas que ativam outras células de defesa e ajudam na regeneração dos tecidos lesionados, acelerando a cicatrização.
3. Defesa contra agentes patológicos
Embora não façam parte diretamente do sistema imune, elas atuam como sinalizadoras, auxiliando os glóbulos brancos na resposta contra infecções e inflamações.
Valores de referência de plaquetas
Os valores normais em adultos variam entre:
- 150.000 a 450.000 plaquetas por microlitro de sangue (μL)
Esse valor pode variar de acordo com o laboratório, o estado de saúde e fatores como gravidez, uso de medicamentos ou infecções recentes.
Valores abaixo do normal (plaquetopenia ou trombocitopenia):
- Abaixo de 150.000/μL
Pode indicar:
- Dengue, Zika ou outras viroses
- Lúpus ou doenças autoimunes
- Uso de medicamentos (como quimioterapia)
- Doenças hematológicas (como leucemia)
- Problemas na medula óssea
Valores acima do normal (plaquetose ou trombocitose):
- Acima de 450.000/μL
Pode indicar:
- Infecções crônicas
- Inflamações prolongadas
- Deficiência de ferro
- Pós-cirurgia ou sangramento recente
- Doenças mieloproliferativas (como trombocitemia essencial)
Como é feito o exame de plaquetas?
A contagem de plaquetas é feita por meio do hemograma completo, um exame de sangue simples e amplamente solicitado em check-ups de rotina. Ele avalia não apenas as plaquetas, mas também os glóbulos vermelhos, brancos e outros parâmetros hematológicos.
Alterações nas plaquetas: o que observar?
- Queda acentuada (abaixo de 50.000/μL) pode causar sangramentos espontâneos na gengiva, nariz ou pele (manchas roxas).
- Muito elevadas (acima de 1.000.000/μL) aumentam o risco de formação de coágulos, o que pode levar a trombose, AVC ou infarto.
Por isso, qualquer alteração nos níveis deve ser avaliada por um médico, que poderá solicitar exames complementares e definir o tratamento adequado.
O que pode interferir na contagem de plaquetas?
- Infecções virais recentes
- Uso de anti-inflamatórios, heparina ou quimioterápicos
- Excesso de álcool
- Gestação (queda leve e temporária pode ser normal)
- Exercício físico intenso antes do exame
- Doenças autoimunes ou hematológicas
Como manter as plaquetas em níveis saudáveis?
Embora muitos casos envolvam causas médicas específicas, alguns hábitos ajudam na saúde hematológica:
- Alimentação rica em ferro, ácido fólico, vitamina B12 e vitamina K
- Hidratação adequada
- Controle de doenças crônicas (como diabetes e lúpus)
- Evitar o uso de medicamentos sem orientação médica
- Não consumir álcool em excesso
- Realizar exames regulares e seguir o plano de saúde recomendado
FAQ – 5 dúvidas frequentes sobre plaquetas
1. Plaquetas baixas são sempre sinal de doença?
Não necessariamente. Algumas viroses, medicamentos e até a gestação podem causar queda leve e temporária, sem representar risco. No entanto, valores abaixo de 100.000/μL exigem investigação.
2. O que acontece se as plaquetas estiverem muito baixas?
O principal risco é o de sangramentos espontâneos, internos ou externos, especialmente se os níveis estiverem abaixo de 50.000/μL. Em casos graves (abaixo de 20.000/μL), pode ser necessária transfusão.
3. Existem alimentos que aumentam as plaquetas?
Alimentos ricos em ferro, ácido fólico, vitamina C, vitamina B12 e antioxidantes (como vegetais verdes, beterraba, fígado, frutas cítricas e oleaginosas) ajudam a fortalecer a medula óssea, onde elas são produzidas.
4. Plaquetas altas são preocupantes?
Depende da causa. Em alguns casos, a elevação é temporária (como após infecção ou cirurgia). Quando persistente, pode indicar distúrbios no sangue e requer avaliação com hematologista.
5. É possível doar plaquetas?
Sim. A doação é feita por aférese, um procedimento específico para ajudar pacientes em tratamento oncológico ou com doenças hematológicas. A doação é segura e salva vidas.
Fontes confiáveis sobre plaquetas e saúde do sangue
- Ministério da Saúde – Hemograma e exames laboratoriais
https://www.gov.br/saude/ - Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (SBHH)
https://www.abhh.org.br/ - MedlinePlus – Platelet count
https://medlineplus.gov/ - Mayo Clinic – Platelets: function and disorders
https://www.mayoclinic.org/ - American Society of Hematology (ASH)
https://www.hematology.org/
As plaquetas são células vitais para o controle de sangramentos e defesa do organismo. Alterações nos seus níveis podem indicar desde infecções passageiras até doenças hematológicas mais graves. Por isso, acompanhar os resultados do hemograma e buscar orientação médica diante de qualquer alteração é fundamental.
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