O diabetes é uma condição crônica que pode se manifestar de formas diferentes. Reconhecer os sinais precoces é essencial para garantir o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.
O que é o diabetes?
O diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada pela elevação dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, decorrente de problemas na produção ou na ação da insulina, hormônio responsável por controlar a glicemia.
Existem dois tipos principais:
- Diabetes tipo 1: geralmente aparece na infância ou adolescência e é causado por uma falha autoimune, que leva à destruição das células produtoras de insulina no pâncreas.
- Diabetes tipo 2: mais comum em adultos, está relacionado à resistência à insulina e é fortemente associado a hábitos de vida, como sedentarismo, obesidade e alimentação inadequada.
Ambos exigem monitoramento constante e podem causar complicações se não forem devidamente tratados.
Sintomas do diabetes tipo 1
O diabetes tipo 1 costuma se manifestar de forma rápida e intensa, com sintomas que surgem em poucos dias ou semanas. Os principais incluem:
- Sede excessiva (polidipsia)
- Urina em grande quantidade (poliúria)
- Fome exagerada (polifagia)
- Perda de peso inexplicada
- Fadiga e cansaço constantes
- Irritabilidade e alterações de humor
- Visão embaçada
- Infecções frequentes, como candidíase ou infecções urinárias
Em alguns casos, principalmente quando o diagnóstico é tardio, a pessoa pode entrar em um quadro grave chamado cetoacidose diabética, com sintomas como náuseas, vômitos, respiração rápida e hálito com odor adocicado.
Sintomas do diabetes tipo 2
O diabetes tipo 2 pode se desenvolver lentamente, muitas vezes de forma silenciosa por anos. Os sintomas são mais sutis e costumam incluir:
- Cansaço frequente
- Formigamento nas mãos ou pés
- Infecções recorrentes (pele, bexiga, gengiva)
- Cortes ou feridas que demoram a cicatrizar
- Visão turva
- Sede e vontade de urinar com mais frequência
- Ganho ou perda de peso inexplicada
- Escurecimento de áreas da pele (especialmente nas axilas ou nuca, conhecido como acantose nigricans)
Muitas pessoas só descobrem o diabetes tipo 2 durante exames de rotina, por isso a prevenção e o acompanhamento médico são fundamentais, especialmente em pessoas com fatores de risco.
Como confirmar o diagnóstico?
O diagnóstico do diabetes é feito por exames laboratoriais, que avaliam a quantidade de glicose no sangue em diferentes situações:
1. Glicemia de jejum
Mede a glicose após 8 horas de jejum.
- Normal: até 99 mg/dL
- Pré-diabetes: 100 a 125 mg/dL
- Diabetes: 126 mg/dL ou mais
2. Hemoglobina glicada (HbA1c)
Mostra a média da glicose nos últimos 3 meses.
- Normal: até 5,6%
- Pré-diabetes: 5,7% a 6,4%
- Diabetes: 6,5% ou mais
3. Teste de tolerância à glicose (TOTG)
Após ingestão de glicose, mede-se o nível no sangue após 2 horas.
- Normal: até 139 mg/dL
- Pré-diabetes: 140 a 199 mg/dL
- Diabetes: 200 mg/dL ou mais
4. Exames complementares
Em casos específicos, o médico pode solicitar:
- Exame de autoanticorpos (para confirmar tipo 1)
- Insulinemia ou peptídeo C (avalia a produção de insulina)
- Exames de urina (para avaliar complicações renais)
Fatores de risco para diabetes
Conhecer os fatores de risco ajuda na prevenção e no diagnóstico precoce, especialmente para o tipo 2:
- Histórico familiar de diabetes
- Sobrepeso ou obesidade
- Sedentarismo
- Hipertensão e colesterol alto
- Idade acima de 45 anos
- Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
- Diabetes gestacional prévio
FAQ – 5 dúvidas frequentes sobre diabetes tipo 1 e tipo 2
1. Qual a principal diferença entre o diabetes tipo 1 e tipo 2?
O tipo 1 é uma doença autoimune, que geralmente aparece na infância, e exige uso de insulina desde o início. O tipo 2 é mais comum em adultos e está relacionado a hábitos de vida, podendo ser controlado com alimentação, exercícios e medicamentos orais inicialmente.
2. É possível prevenir o diabetes tipo 2?
Sim. Com hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática de atividade física e controle do peso, é possível prevenir ou retardar o aparecimento do diabetes tipo 2.
3. Diabetes tipo 1 tem cura?
Não. O tipo 1 é crônico e autoimune, mas com controle adequado da insulina e do estilo de vida, é possível levar uma vida ativa e saudável.
4. Sintomas como fome e sede excessivas são normais?
Não. Esses sintomas, quando persistentes, podem indicar alterações glicêmicas e devem ser investigados por um profissional da saúde.
5. Posso confiar apenas na glicemia capilar para diagnóstico?
Não. O teste de glicemia capilar (com aparelho portátil) não substitui os exames laboratoriais. Ele é útil para controle diário, mas o diagnóstico deve ser confirmado com exames de sangue realizados em laboratório.
Fontes confiáveis sobre diabetes
- Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)
https://www.diabetes.org.br/ - Ministério da Saúde – Diabetes Mellitus
https://www.gov.br/saude/ - American Diabetes Association (ADA)
https://www.diabetes.org/ - Centers for Disease Control and Prevention (CDC)
https://www.cdc.gov/diabetes/ - MedlinePlus – Diabetes Overview
https://medlineplus.gov/diabetes.html
Reconhecer os sintomas do diabetes tipo 1 e tipo 2 é o primeiro passo para o diagnóstico precoce e o início do tratamento adequado. Fique atento aos sinais, faça exames regulares e mantenha hábitos saudáveis.
Na Ezmedi, nosso compromisso é levar informação de qualidade e orientação confiável para você cuidar da sua saúde com segurança. Em caso de dúvidas, procure um profissional médico ou nutricionista especializado.