A infecção no sangue é uma condição grave que exige atenção médica imediata. Conheça os sinais, causas e as formas de tratamento para evitar complicações como a sepse.
O que é infecção no sangue?
A chamada infecção no sangue, ou sepse (antigamente chamada de septicemia), ocorre quando micro-organismos (como bactérias, fungos ou vírus) entram na corrente sanguínea e desencadeiam uma resposta inflamatória sistêmica no corpo.
Essa reação pode comprometer diversos órgãos e funções vitais, sendo potencialmente fatal se não for tratada rapidamente. A infecção no sangue não é uma doença isolada, mas uma consequência de infecções prévias não controladas, como pneumonia, infecção urinária ou feridas contaminadas.
Quais são os principais sintomas?
Os sintomas da infecção no sangue podem variar de acordo com a gravidade, mas os sinais mais comuns incluem:
- Febre alta (acima de 38°C) ou hipotermia (temperatura abaixo de 36°C)
- Frequência cardíaca acelerada (taquicardia)
- Respiração rápida
- Pressão arterial baixa
- Confusão mental ou sonolência extrema
- Calafrios e tremores intensos
- Fraqueza generalizada
- Manchas ou coloração arroxeada na pele
Nos casos mais graves, pode haver falência de órgãos, como rins, pulmões e coração — caracterizando o quadro de choque séptico.
O que pode causar infecção no sangue?
A infecção no sangue pode ter diversas origens. As causas mais comuns incluem:
1. Infecções pulmonares
Como pneumonia bacteriana ou viral mal tratada.
2. Infecção urinária (principalmente em idosos e mulheres)
Pode evoluir para pielonefrite e atingir a corrente sanguínea.
3. Infecções gastrointestinais
Como apendicite perfurada, peritonite ou infecção por Salmonella.
4. Feridas infectadas ou celulite
Lesões na pele que evoluem com pus, vermelhidão e inflamação podem se tornar portas de entrada.
5. Infecções hospitalares
Associadas a procedimentos invasivos como cateteres, sondas e cirurgias, especialmente em ambientes de UTI.
Fatores de risco
Algumas pessoas têm maior risco de desenvolver infecção no sangue, como:
- Idosos e recém-nascidos
- Pacientes imunossuprimidos (HIV, câncer, uso de corticoides)
- Pessoas com diabetes descontrolado
- Indivíduos hospitalizados por longos períodos
- Pessoas com infecções recorrentes ou mal tratadas
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico envolve avaliação clínica e exames laboratoriais, como:
- Hemocultura: identifica a presença de micro-organismos no sangue
- Exames de sangue: como leucograma, PCR, procalcitonina
- Exames de imagem: tomografia, raio-X ou ultrassonografia para localizar a infecção de origem
- Avaliação de função renal, hepática e cardíaca
O diagnóstico precoce é crucial para evitar a progressão para choque séptico.
Qual o tratamento para infecção no sangue?
O tratamento deve ser imediato e geralmente realizado em ambiente hospitalar, podendo incluir:
- Antibióticos intravenosos de amplo espectro, ajustados conforme o agente causador
- Reposição de líquidos na veia (soro fisiológico)
- Medicamentos para estabilizar a pressão arterial (vasopressores)
- Oxigenoterapia ou ventilação mecânica, se necessário
- Drenagem de abscessos ou retirada da fonte de infecção
- Monitoramento contínuo em unidade de terapia intensiva (UTI) nos casos mais graves
Infecção no sangue pode matar?
Sim. A infecção no sangue é considerada urgência médica e pode evoluir rapidamente para falência de múltiplos órgãos e óbito. A boa notícia é que, com diagnóstico rápido e tratamento adequado, muitos pacientes se recuperam completamente.
Como prevenir?
A prevenção envolve cuidados simples e essenciais:
- Tratar infecções comuns de forma adequada e completa
- Manter a higiene correta de feridas, cortes e cateteres
- Vacinar-se contra doenças infecciosas (como pneumonia e gripe)
- Evitar automedicação e uso indiscriminado de antibióticos
- Manter doenças crônicas sob controle
FAQ – 5 dúvidas frequentes sobre infecção no sangue
1. Infecção no sangue é contagiosa?
Não diretamente. A infecção em si não é transmitida por contato, mas a bactéria ou vírus causador da infecção primária pode ser contagioso.
2. Quanto tempo leva para se recuperar da infecção no sangue?
Depende da gravidade. Casos leves podem ser tratados em 7 a 10 dias, mas infecções graves podem demandar semanas de internação e recuperação progressiva.
3. Toda febre alta pode ser infecção no sangue?
Não. A febre é um sintoma comum de muitas doenças, mas quando acompanhada de outros sinais sistêmicos, como confusão mental, queda de pressão ou manchas na pele, deve-se suspeitar de algo mais grave.
4. A infecção no sangue deixa sequelas?
Pode deixar, especialmente em casos de sepse grave. Algumas pessoas têm alterações na função renal, cardíaca ou cognitiva após o tratamento.
5. É possível ter infecção no sangue sem sintomas evidentes?
Sim, principalmente em idosos ou pacientes imunocomprometidos, os sintomas podem ser sutis, como sonolência, confusão ou hipotermia, sem febre.
Fontes
- Ministério da Saúde – Protocolo de Sepse
https://www.gov.br/saude/ - Organização Mundial da Saúde (OMS) – Sepsis Factsheet
https://www.who.int/ - Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)
https://www.infectologia.org.br/ - Centers for Disease Control and Prevention (CDC) – Sepsis
https://www.cdc.gov/sepsis/ - MedlinePlus – Sepsis and bloodstream infection
https://medlineplus.gov/
A infecção no sangue é um quadro grave, mas tratável, desde que identificado precocemente. Conhecer os sintomas, buscar ajuda imediata e cuidar bem das infecções comuns são as melhores formas de prevenir complicações e preservar a vida.
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